Como saber se o seu filho é vitima de bullying na escola
O bullying é caraterizado por atos de violência física e psicológica. Pode ser representado por brincadeiras de mau gosto, desprezo, insultos, empurrões e agressões físicas.
Ken Rigby, autor do livro Children and Bullying: How Parents and Educators Can Reduce Bullying at School, calcula que 50% dos meninos e 35% das meninas que confessaram ter sofrido Bullying não contaram aos pais. Esse silêncio pode ser causado por vários fatores:
- Pensam que ficando quietos, podem evitar que as retaliações piorem.
- Não quererem parecer frágeis ou covardes.
- Medo de dececionar os pais, por não serem aceites ou populares.
- Sentem-se culpados e acham que merecem os apelidos.
Como saber se o seu filho está a sofrer bullying na escola? Fique atento aos sinais de alerta:
- Hematomas, feridas, arranhões, cortes sem uma explicação convincente.
- Roupas rasgadas e materiais escolares estragados.
- Ele evita a companhia dos colegas e passa a ficar mais perto dos adultos.
- Medo de ir sozinho ou não quer ir à escola.
- Queda no rendimento escolar.
- Muda o percurso até à escola.
- Chega a casa esfomeado, pois podem ter-lhe roubado o dinheiro do lanche.
- Relata frequentes perdas de objetos, pois pode estar a ser vítima de roubo.
- Tem poucos amigos e é pouco convidado para atividades sociais.
- Não quer sair de casa.
- Mostra-se triste, solitário, magoado e stressado.
- Muda repentinamente de humor.
- Dores de cabeça, de barriga e aftas.
- Perda do apetite.
- Insónia.
- Baixa na imunidade.
- Pensamento suicida.
Alguns sinais isolados da lista podem não caraterizar o bullying. No entanto, quanto mais sinais o seu filho apresentar, maior será a probabilidade de ele estar realmente a ser uma vítima.
Tão preocupante quanto ter um filho que sofre bullying é ter um filho agressor. Que medidas os pais devem tomar mediante desconfiança de que o seu filho esteja a sofrer ou a praticar bullying?
Numa entrevista, o psiquiatra Gustavo Teixeira, especialista em infância e adolescência, afirma que: “ Os pais devem, primeiramente, conhecer o problema: saber o que é, entender que é uma forma de violência muito grave e que os seus filhos podem estar a ser afetados como vítimas ou autores. Se existe uma relação saudável, de conversa, entre pais e filhos, isso já abre portas. E assim que houver a identificação do comportamento do filho como vítima ou agressor, procurar a ajuda da escola. O casamento entre pais e escola é importante, ambos devem conversar sobre o problema e manter uma relação próxima e saudável”.
Texto adaptado por Vanessa Trigo
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